quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

LET-ais

Vontades coletivas, solidões individuais. 
Taças vazias, conversas paralelas, 
Alelos múltiplos, recessivos, 
c(r)omosSOMOS,
Verdades nuas, cheias de ais. 
Maria Lemke

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

TEMas

Não temas, um cálice não te fará mal, pois o vinho é o mais suave dos poemas.
Maria Lemke

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

POEsia boca à boca

Poesia sacana não tem vergonha, palavras bonitas ou floreadas. Poesia sacana sequer tem roupa. Não usa lingerie: Tem calcinha no chão, braguilha aberta. Mão naquilo, aquilo na mão. Poesia sacana tem até número: De quatro a meia-nove. Poesia sacana não aguenta espera. Poesia sacana tem gritos e voz rouca. Poesia sacana tem sede, saliva, gozo, esperma. Poeta, sem-vergonha, beija, molha, escorre quente. Boca à boca.
Maria Lemke

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Tantos (e) Tintos

Alguns versos podem não ter regras, sequer rimas. Algumas taças podem não ter medidas.
Em versos sem regras, uma dose de tinto. Em taças de vinho sem medida, um tanto a se revelar.
Sem querer - quem vai saber?- em ambos os casos, há segredos que podem te fazer corar.

Maria Lemke

terça-feira, 13 de outubro de 2015

MirrOR GLASS

Todo vidro que se quebra mostra que, quando tentamos restaurá-lo, já não é o que foi. Mas quem sabe, seja algo mais...algo que poderia ter sido: MIrrOR.
Maria Lemke

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

desORdeNADA - ou momento Bukowski

O mundo é uma merda. Aceite isso: Boiamos nessa grande massa de pensamentos, sentimentos, quereres, gritos, silêncios, eventuais cios, CIAS indispostas, camas, casos mal resolvidos, corações despedaçados ao longo do caminho, esperanças afogadas em pranto...enfim, em dores que doem o quanto basta... nessa porra toda que chamam de vida.
Maria Lemke

domingo, 20 de setembro de 2015

INteiro

Respeite quem é cinza. Afinal, nem todo mundo tem coragem de queimar inteiro. 
De ser fogo...brasa.
Maria Lemke

domingo, 13 de setembro de 2015

DesESPERO(?) - or SpENDING

Todo fim de mundo começa na sexta à noite e termina nos segundos iniciais da segunda à noite. Passa(n)do tempo. Temp(l)o de escorrer horas. 
Vazio de espera(s). 
Des-Espero?

Maria Lemke

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

F(l)or&SER - ou A-gosto

Quando eu morrer, em algum a-gosto, enterrem meu corpo sob a sombra de um ipê. E então meu coração floreSERÁ antes de cada chuva. 
Quiçá, então, lembrarás de mim.

Maria Lemke

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Se bem me lembro

Bateu uma saudade funda... uma saudade louca, uma saudade doida..Não...Era uma saudade mais que doida...Era doída..De doer. Doía mesmo. Doeu fundo. 
Se bem me lembro, era setembro. 
E já findava o dia três.
Maria Lemke

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

domingo, 23 de agosto de 2015

Dure - ou saia

Vento, ventania,
Furacão, brisa leve
Por favor, dure mais 
que a dor de quem caminha sobre brasas,
que as asas de Ícaro,
que o vinho em minha taça,
que essa vontade que não passa,
que o rodar da saia da cigana,
que os meus pensamentos mais sacanas,
que a umidade de minhas entranhas. 
Que os meus nãos, senãos, e afins.
Por favor,
dure mais que os restos de sobriedade que há em mim.

Maria Lemke

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Na-morada

Por onde anda seu frio na barriga? As borboletas no seu estômago? E seus tremores? E os arrepios na espinha? E sua vontade de tocar o vento com as mãos?  (h)A vontade de acelerar o relógio? E a vontade de parar as horas? De chegar a hora incerta? De acertar dessa vez? E a vontade de chegar logo? Onde mora sua vontade de sentir? Onde mora sua vontade? 
Há alguém na-morada de seu coração? 

Maria Lemke

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

sábado, 1 de agosto de 2015

Hífen

Primeiro molhou os lábios na poesia sacana que leu, depois, os dedos no vinho.  Sem vergonha, saciou a tormenta tocando os baixios. 
Gozou.

Maria Lemke

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Sonho(s)


Ninguém deveria deixar as janelas abertas à noite. Até os sonhos, por vezes, ficam descobertos.

Maria Lemke

sábado, 6 de junho de 2015

Santa ou profana - by Monica Lemke

Entre ser santa ou profana... Estar sóbria ou insana... Sou as duas... Sou qualquer uma e na hora que me convém... Com uma boa dose de paixão vai pro espaço toda minha sobriedade... E por favor, se me desejar não tenha piedade, me afogue em seus beijos e me deixe na breve eternidade de seu desejo... Se sou santa ou profana, depende de você, porque sou quem eu quero ser!!

Mônica Lemke

domingo, 31 de maio de 2015

quarta-feira, 13 de maio de 2015

13

Que as forças de Aruanda fortaleçam a cada um de nós. Salve a força dos pretos velhos!

terça-feira, 5 de maio de 2015

DistÂNSIA







Fotos: Maria Lemke

Moral da história: às vezes é preciso se afastar para enxergar melhor. Pense nisso quando achar que a única forma de compreender as coisas é estar muito perto...

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Anos de chumbo

Parecem imagens dos anos de chumbo... Mas é "só" 2015, o ano que os professores sentiram, de novo, a truculência do poder do Estado.

Matéria completa e crédito da imagem aqui: https://medium.com/jornalistas-livres/paran%C3%A1-em-chamas-8650e8cece9f

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Deleite

Agora, quero a rima nua, despudorada
e o poeta atra-versando meu deserto...
perambulando
perdido em meus labirintos 
de-vass(t)idão
descobrindo curvas, re-entrâncias
explorando linguagens e línguas
palavras sem nexo.
trans-formando deleites e delitos
bebendo meu corpo
imerso en-cantos.
Fazendo amor rimar com sexo.

sábado, 28 de março de 2015

A-cerca

Cercas e muros não conseguem evitar que o perfume das flores se espalhe pelo mundo.

Maria Lemke

segunda-feira, 23 de março de 2015

domingo, 15 de março de 2015

Condicional

Se é aquela partícula que, apesar de miseravelmente minúscula, é grande o suficiente pra lembrar algo que nunca aconteceu.

Maria Lemke

segunda-feira, 9 de março de 2015

Fini

Infinito mesmo é o vazio. Essa morada, esse lugar, esse deserto que habito depois que você se foi. 

Maria Lemke


terça-feira, 3 de março de 2015

AMARgo

Apesar de deixar um gosto amargo na boca, de causar sede e dores, saudade não é sintoma de ressaca. Saudade é sintoma da profundidade da falta. Saudade é abstinência do coração...

domingo, 1 de março de 2015

ESPERA

Esperança é aquela partícula, aquele minúsculo grão, que faz os olhos brilharem depois de muito tempo baços.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

In-finito

"Há infinitos maiores do que outros", escreveu alguém. Mas nenhum é maior que o silêncio.

Maria Lemke

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

DÊ(s)alento

Moço, já nem posso escrever... Antes, tudo em mim era desalinho: meus pensamentos, cabelos e lençóis, meus sussurros nas noites quentes de verão... Agora, na distância, me afogo na lembrança dos teus afagos, nada ouço além dos sinos a embalarem meu desalento, o passo em falso,  meu triste canto, minha solidão.

Maria Lemke

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Contudo ou com tudo

Sou metade criada a partir de dois. Sou dores nascidas de vários cacos de um só vidro quebrado a rolar pelo chão. Um não cheio de sim, metade incerteza. Certa de meus poréns, com tudo de todas metades e tudo que há em mim.     

Maria Lemke

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

E(quí)voco

Joguei fora muitos escritos, muitos continham antigas verdades; outros, equívocos e enganos  de minha memória fugidia e infiel. Sobraram letras trêmulas a contar quereres e veleidades, en-cantos de olhares enviesados, transformados em toscos poemas, lavrados em velhos pedaços de papel.

Maria Lemke