Quando o ipê explode em flores, e a lua - que não é de Saturno - ganha anéis ao seu redor, e você sente arder alguma antiga cicatriz, eis que é breve o tempo.
A chuva não tarda.
O ipê perderá flores, ganhará folhas...
Os belos, etéreos e sutis halos da lua se perderão no céu.
A tua cicatriz, inflamada e dolorida, silenciará até a próxima seca.
Voltarás a esquecê-la.
Sentirás tempestades: ventos e águas.
E suores pelo corpo.
O odor da terra molhada chegará às tuas narinas.
Verás ervas e flores vicejarem por toda parte. Cio da terra.
Ha(hhhhh)-verá o branco mais rosa... e o rosado, carmesim.
É tempo de lav(r)ar a alma, o corpo e o coração.
Aguardarás novamente ipês, cicatrizes e anéis.
Quiçá, a chuva...Prenúncio apenas.
Amor, amor, caio à espera de uma nova e inversa estação.
Nossa ;Maria que texto lindo!
ResponderExcluirContinuas escrevendo de maneira bela e tocante.
Beijos!