Sou apenas o resto de algo sem nome.
Animal maltrapilho.
O pó.
O podre.
O desconhecido apegado ao odre velho,
aquele que brinda com vinagre, zinabre, e amarga o gosto
Aquele sem rosto.
O pobre espírito que vagueia no espaço.
Aquele de quem quase todos esqueceram.
E sequer se lembram de acender mísera cera.
O morador incerto em jazigo sujo, frio, sozinho, insone.
Aquele que pede oração ao passante.
Aquele que passa a noite errante depois da vida em erros.
A so(m)bra morta que sequer o abutre come.
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