domingo, 17 de abril de 2016

Field of Graves - or Feel(s)

Do you feel it? Can you feel it? Do you fell what a feel? 
 On day, we can go home, to a (c)old stone's place.
Let my heart go. Let the rest of my bones Rest In Peace. 
Because, grave, gray, is the day.
Maria Lemke

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

MorphEUs

Um dia você acorda de um sonho com um gosto meio doce e amargo na boca. Lembra de ter sentido pele com pele, boca com boca. Mais que isso. Sentiu as almas se entrelaçarem. Em êxtase, sentiu-se deus. Contente-se: foi real. Contenha-se: foi real enquanto dormias nos braços de Morpheus.

Maria Lemke

sábado, 30 de janeiro de 2016

MorrEU - ou sem figurações

Nem se morre de sede se não for por água doce.
Nem se morre de fome se houver algo para regurgitar
Nem se morre de saudade se não houver amor.
Nem se morre de emoção se o velocímetro não sobe. E sobre isso não há nada para falar.
Sem figurações, sem firulas. Só finAIS

Maria Lemke

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

(O)caso

Entre cacos de vidro, um caos (,) (n)um caso perdido.  Quem sabe num ocaso, num acaso desses, desdizendo minhas cacofonias, eu possa seguir meu caminho.

Maria Lemke

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

LET-ais

Vontades coletivas, solidões individuais. 
Taças vazias, conversas paralelas, 
Alelos múltiplos, recessivos, 
c(r)omosSOMOS,
Verdades nuas, cheias de ais. 
Maria Lemke

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

TEMas

Não temas, um cálice não te fará mal, pois o vinho é o mais suave dos poemas.
Maria Lemke

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

POEsia boca à boca

Poesia sacana não tem vergonha, palavras bonitas ou floreadas. Poesia sacana sequer tem roupa. Não usa lingerie: Tem calcinha no chão, braguilha aberta. Mão naquilo, aquilo na mão. Poesia sacana tem até número: De quatro a meia-nove. Poesia sacana não aguenta espera. Poesia sacana tem gritos e voz rouca. Poesia sacana tem sede, saliva, gozo, esperma. Poeta, sem-vergonha, beija, molha, escorre quente. Boca à boca.
Maria Lemke

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Tantos (e) Tintos

Alguns versos podem não ter regras, sequer rimas. Algumas taças podem não ter medidas.
Em versos sem regras, uma dose de tinto. Em taças de vinho sem medida, um tanto a se revelar.
Sem querer - quem vai saber?- em ambos os casos, há segredos que podem te fazer corar.

Maria Lemke

terça-feira, 13 de outubro de 2015

MirrOR GLASS

Todo vidro que se quebra mostra que, quando tentamos restaurá-lo, já não é o que foi. Mas quem sabe, seja algo mais...algo que poderia ter sido: MIrrOR.
Maria Lemke

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

desORdeNADA - ou momento Bukowski

O mundo é uma merda. Aceite isso: Boiamos nessa grande massa de pensamentos, sentimentos, quereres, gritos, silêncios, eventuais cios, CIAS indispostas, camas, casos mal resolvidos, corações despedaçados ao longo do caminho, esperanças afogadas em pranto...enfim, em dores que doem o quanto basta... nessa porra toda que chamam de vida.
Maria Lemke

domingo, 20 de setembro de 2015

INteiro

Respeite quem é cinza. Afinal, nem todo mundo tem coragem de queimar inteiro. 
De ser fogo...brasa.
Maria Lemke

domingo, 13 de setembro de 2015

DesESPERO(?) - or SpENDING

Todo fim de mundo começa na sexta à noite e termina nos segundos iniciais da segunda à noite. Passa(n)do tempo. Temp(l)o de escorrer horas. 
Vazio de espera(s). 
Des-Espero?

Maria Lemke

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

F(l)or&SER - ou A-gosto

Quando eu morrer, em algum a-gosto, enterrem meu corpo sob a sombra de um ipê. E então meu coração floreSERÁ antes de cada chuva. 
Quiçá, então, lembrarás de mim.

Maria Lemke

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Se bem me lembro

Bateu uma saudade funda... uma saudade louca, uma saudade doida..Não...Era uma saudade mais que doida...Era doída..De doer. Doía mesmo. Doeu fundo. 
Se bem me lembro, era setembro. 
E já findava o dia três.
Maria Lemke

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

domingo, 23 de agosto de 2015

Dure - ou saia

Vento, ventania,
Furacão, brisa leve
Por favor, dure mais 
que a dor de quem caminha sobre brasas,
que as asas de Ícaro,
que o vinho em minha taça,
que essa vontade que não passa,
que o rodar da saia da cigana,
que os meus pensamentos mais sacanas,
que a umidade de minhas entranhas. 
Que os meus nãos, senãos, e afins.
Por favor,
dure mais que os restos de sobriedade que há em mim.

Maria Lemke

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Na-morada

Por onde anda seu frio na barriga? As borboletas no seu estômago? E seus tremores? E os arrepios na espinha? E sua vontade de tocar o vento com as mãos?  (h)A vontade de acelerar o relógio? E a vontade de parar as horas? De chegar a hora incerta? De acertar dessa vez? E a vontade de chegar logo? Onde mora sua vontade de sentir? Onde mora sua vontade? 
Há alguém na-morada de seu coração? 

Maria Lemke

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

sábado, 1 de agosto de 2015

Hífen

Primeiro molhou os lábios na poesia sacana que leu, depois, os dedos no vinho.  Sem vergonha, saciou a tormenta tocando os baixios. 
Gozou.

Maria Lemke