segunda-feira, 29 de abril de 2013

A-cá(l)-maria




Sou a in-verdade do poeta. O medo do deserto(r). O alimento regurgitado.  A vela queimando na escuridão da noite. O véu cobrindo rostos. O gosto do amar(go). O dedo em riste. O rastro na poeira. O sorriso do palhaço. A forja do aço. Amaré, a-tormenta. Eu, a-ca(l)-maria (de) sua agitação. A menina dos olhos que vela, resvala (em) segredo(s), lamenta em silêncio, os meus dias, e os teus ais. 
Maria Lemke

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