terça-feira, 11 de junho de 2013

À espera


Ok. Leio Elisa Lucinda, Maria da Poesia 
e ouço Ana Carolina.
Leio revistas femininas, umas mais ou menos fúteis,
Às vezes busco inspiração pra enfeitar meu lar. 
Não sou mais balzaquiana:
sou loba 
dizem que já comi a chapeuzinho.
Piloto fogão de salto alto,
Mas adoro andar descalça.
Medo de altura, tara por velocidade
Ando perfumada, mas conservo meu próprio cheiro.
Sou emancipada:
Sei bem me virar sozinha.
Vibro, sou ave, suave, ávida.
Sou romântica, ecológica e bem-humorada
Não perco uma piscadela.
Adoro conversa afiada,
olhares fagueiros, de soslaio.
Já fiz muita coisa hoje.
Rezei pro meu santo: pedi pra te proteger de mim
Separei livros e contas a pagar,
organizei roupas, sapatos e bijoux,
lavei echarpes, lenços e pashminas
Provei lingerie nova.
Contrariada, constatei celulites.
Mas, nem tudo está perdido, mantenho a cinturinha.
Um velho blues 
embalou meu dançar solitário.
Diante do espelho,
fiz caras e bocas,
tudo isso sem calcinha.
Agora, rimas bolinam meus pensamentos e,
suavemente, sorvem meu corpo com vinho.
Enquanto você não vem.

Um comentário:

  1. MULHER MENINA!!
    SAUDADES DE TI ME FASCINA...
    LER SUA GRAFITAGEM É O DOMÍNIO DE UMA LINGUAGEM
    EM CORDEL LASCIVO ENTRE O FEL E O MEL PERMISSIVO... NA LITERATURA POÉTICA EM VERSOS SEM A DEVIDA COMPOSTURA!!
    BJOS ATÉ...
    AMOR SEMPRE AQUI...
    JOANA (e não é loucura da joaninha)

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