quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Ma(i)s querer(es)

Quase sentiu-me a respiração entrecortada. Parada de medo. 
E de desejo.
 Não posso ir além dos feixes de luz que saem de seus olhos e teimam em me queimar inteira,  nem ceder ao cheiro que exala de teu corpo, invadindo e evadindo meus sentidos, provocando instintos animais.
Ma(i)s não posso querer. 
Pois que dói, e dói de doer!!!
E aqui, na solidão dessas palavras inauditas que jorram de minhas entranhas como um gozo que não tive, 
jazem apenas os quereres inconfessos de quem quase não pode mais.

Maria Lemke

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