quarta-feira, 11 de setembro de 2013

De flores, anéis, luas...e cicatrizes

Quando o ipê explode em flores, e a lua - que não é Saturno - ganha anéis ao seu redor, 
e você sente arder alguma  antiga cicatriz, é breve o tempo. 
A chuva não tardará a chegar.
Renova-se o ipê. Perde flores, ganha folhas...Torna a  se verter  outra vez.
No céu, os belos, etéreos e sutis halos da lua se perderão. 
Prenúncio apenas.
Tua cicatriz, inflamada e dolorida, silenciará até a próxima seca. 
Voltarás a esquecê-la.
Sentirás tempestades: ventos e águas. E suores pelo corpo.
O odor da terra molhada chegará às tuas narinas.
 Verás ervas e flores vicejarem por toda parte. Não poderás arrancar uma sem ferir a outra. 
São partes distintas do cio da terra. 
Ha(hhhhh)-verás o branco mais rosa... e o rosado, carmesim.
É o tempo lav(r)ar a alma, o corpo e o coração.
Verás também o(s) contorno(s) do arco-(e-a)-íris(,) (se) re-tornare(s) (,) mais brilhante(s)  ao entardecer...
Amor (,) temp(l)o de águas, de anéis e das cicatrizes se fecharem dentro de mim.



Nenhum comentário:

Postar um comentário