segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Fata morgana


Ser(e)i-a (é) aquela do canto (?) Sherazade mui amada, ou Penélope charmosinha? Vestida de preto como bonequinha de luxo. Luto ainda depois de tanto (?) tempo... Sabe, (se há) cura (pra) mal de amor (?). Queimando feito fogo, chorava de alegria. Sorria pelos enganos. Ocultava dores. Brincava com palavras, histórias e tecia mantos. Cantava mantras pra aquecer... Lia escritos apócrifos de magos e ciganos, (d)aqueles outros, outrora mal-ditos, tratados a ferro, fogo e açoite. Des-dita da sorte, er(r)a (a) só(s) seu improviso.  Serei aquela a viver a vida ávida a con-fundir-se (?): 
Fata morgana querendo gritar a verdade quando se revirava só, 
entre lençóis, 
nu claro-obscuro da noite...

Maria Lemke

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