terça-feira, 21 de maio de 2013

Saia



 Mulher

anda de saia... 

lingerie pequeninha...

quase escondida entre as carnes macias

que roçam entre si

ahhhh, mulher!!!

quando o vento vem, 

me leva a querer mais...

levanta algo...e não é sua saia apenas

mulher...ahhhhhh, mulher!

assim vc nunca vai ser cantada como mulher de Atenas...

mulher... 

dona do meu pensar...

verso obscuro... minha rima, 

apetitosa... indecente

meu reverso

meu esperma, meu gozar

meu deleite, 

quimera de prazer...

mulher...

tire sua saia 

ou saia de meus pensamentos!!

 Maria Lemke


segunda-feira, 13 de maio de 2013

É-ter


 Escrevo frases soltas. Deduzo e induzo a erros. Tenho fases. Dou voltas. Vou e volto fagueira. Ter-gi-verso meias verdades em palavras partidas ao meio. Uso pulseiras num pulso descompassado, um relógio marcando horas idas. Elos (des)com-passado(s). Meus aneis não cabem nos dedos.
Sete luas (t)em Saturno
Muitas a me gravitar. 
Densa e venérea(,)
  Vou a Marte.
Circular Mercúrio
Voo
Etérea
É-ter
Vênus brincando com (os) Er(r)os...

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Afago (,) ou me afogo (?)



Ou-vi teus sons e olhos
(nus crepuscular).
e penso...e sinto
a poesia e o afago,
o roçar dos corpos,
à  distância,
quereres,
vontades que não passam.
Prosas tecidas
em palavras não ditas,
a noite entran(han)do no dia.
I-manto pra aquecer
já é madrugada,
(H)a(hhh)-fogo
na noite fria (!!)
Maria Lemke



segunda-feira, 29 de abril de 2013

A-cá(l)-maria




Sou a in-verdade do poeta. O medo do deserto(r). O alimento regurgitado.  A vela queimando na escuridão da noite. O véu cobrindo rostos. O gosto do amar(go). O dedo em riste. O rastro na poeira. O sorriso do palhaço. A forja do aço. Amaré, a-tormenta. Eu, a-ca(l)-maria (de) sua agitação. A menina dos olhos que vela, resvala (em) segredo(s), lamenta em silêncio, os meus dias, e os teus ais. 
Maria Lemke

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Avessa (à) parte


Poesia não tem sexo. Nem pretextos. E eu, como você, (s)em meias-palavras, (s)em hífens...  (s)em verso ou prosa: do avesso.

domingo, 21 de abril de 2013

Dados




Joguei fora muitos escritos. Muitos continham antigas verdades, equívocos e enganos: engodos de minha memória fugidia e infiel. Joguei (fora) jogos de palavras e reticências, entre-meios prenhes de segundas intenções: lembranças de olhares enviesados. Entre apostos e apostas de quereres, letras trêmulas deixavam escapar o desalinho de versos toscos e imperfeitos lavrados em velhos pedaços de papel...

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Ré-TORNO


Sou uma metade criada a partir de dois... sou dores nascidas de vários cacos de um só vidro quebrado(,) a rolar pelo chão... um não cheio de sim.... metade incert(ez)a. Certa de meus poréns, com tudo de todas metades e todos os nãos que há em mim.

domingo, 17 de março de 2013

Máscaras




Usar maquiagem é como estar preparada pra guerra. Você sempre pode e deve estar. Mas ninguém precisa saber o quanto. 

Dear, isso não é Maquiavel. É Sun-Tzu para mulheres que vivem e correm. Como lobas.
                                                                                    Maria Lemke

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Lamento(s)




Feitiço:
pre(s)-senti(n)do
magia,
quebranto,
(o) mal,
cura.
Blue(s):
acorde,
meio-tom, 
cor.
Metáfora:
refúgio.
Ambiguidade:
malefício (?)
Sombra:
Meia-lua, 
meia-luz,
nuança onde nem tudo é visível.
Dúvida:
labirintos,
caminho cruzado,
riscos paralelos,
duvida?
Meia-palavra... 
(basta?)
in-certeza
sim,
(e)
não,
penumbra onde nem tudo é dizível...
Maria Lemke