sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Orvalha(da)

Ver-só não basta. Pensou ele, enquanto contava, pétala por pétala, as flores que ali (ha)via. 
Sem pressa, transformou-a em som, verso e rima. 
Com as pétalas úmidas, orvalhadas,
era mais que soneto, fonema. 
Era mulher em êxtase, alma nua, (dis)posta num poema. 


Maria Lemke

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