segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Tu e eu - Trovinha do engano

Eu não sei onde quero chegar
e só sirvo pra uma coisa
- que não sei qual é!
Gostas de um som de tempestade
[eu, ca(l)-maria a mais leve]
Tu não tens nada de mim
eu não tenho nada teu.
[somos só(s) re-versos, re-vistos]

Gosto de graves rituais
[do peso leve da palavra que se trai]
do caos, d(o)-culto, do tempo que (se me) esvai]
[Som suave: piano]
Tu és um co(r)po
[eu, (a-o poeta) "encanecido verme urbano"]

tu, multo
Eu [carisma]
[vestida em flor no corpo, no tecido, pano, pla(i)no]
Hesito entre duas palavras
escolho uma terceira
e no fim só digo o sinônimo.

[É(s) o caminho do meio (?)]
Tu não temes o engano[se me engana]
En(-)quanto eu cismo, [sismo]
Tu-tano
[Eu?? fé-menina, proscrita (de) alma cigana]

PS: perdoe-me Luís Fernando Veríssimo, gosto tanto de ti e, de me achar em ti, não hesito, não resisto... Precisei cortar, cortei... Pensei nas cheias de domingo, nas cheias de mar esperando o Rio e agora que cortei, re-cheio meu domingo com o tutano teu, e (m)eu engano.

Escrito na primavera de 2011.

Maria Lemke

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